Conscientização e respeito ao meio ambiente são os pilares das iniciativas de reciclagem
Com o passar dos anos, a evolução tecnológica transformou nossas rotinas. Vivemos hoje em um mundo acelerado, onde a instantaneidade e a praticidade reinam. Isso se reflete em todas as esferas de nossas vidas, inclusive nos produtos que consumimos.
Em 2020, a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) divulgou dados bem relevantes. No período marcado por quarentenas e lockdowns, o uso de produtos, embalagens e itens descartáveis aumentou. Como consequência, a produção de lixo reciclável também cresceu.
Por conta disso, a reciclagem, que sempre foi um processo de extrema importância para a preservação do meio ambiente, se tornou ainda mais necessária. Ela evita desperdícios, poluição e danos à natureza.
Se você quer aprender a separar o lixo, fazer coleta seletiva e não descartar resíduos em locais inadequados, este artigo vai te ajudar. Acompanhe a seguir!
Qual é a importância da reciclagem?
Em 17 de maio é celebrado o Dia Internacional da Reciclagem. A data foi instituída pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Ela busca estimular a reflexão sobre a importância de fazer o descarte correto dos itens que consumimos.
Conforme outra pesquisa da Abrelpe, o Brasil produziu 79,1 milhões de toneladas de resíduos sólidos em 2019. Isso representa um aumento de cerca de 18,59% em relação ao início da década passada. Além disso, 40,5% dessas quase 80 toneladas são descartadas em locais inadequados.
Evita danos ao meio ambiente
O descarte incorreto do lixo, seja ele reciclável ou não, causa muitos danos ao meio ambiente. A decomposição da parte biodegradável do lixo orgânico e doméstico libera gases, em especial o metano (CH₄). Um dos efeitos negativos desse tipo de gás é que ele contribui para o efeito estufa, podendo agravar o aquecimento global.
Essa degradação do lixo também pode gerar o chorume. Conhecido em alguns lugares como “líquido percolado”, ele é uma substância malcheirosa e de cor escura, originada da decomposição de resíduos orgânicos. Sua penetração no solo pode poluir o terreno e causar a contaminação dos lençóis freáticos.
A poluição de córregos e rios é outro problema grave. Em períodos de chuva, eles podem acabar transbordando e causando inundações em regiões próximas. Mares e oceanos também podem ser afetados. O lixo descartado nesses lugares contamina a água, colocando a vida marinha em risco.
Contribui para sua saúde
Além disso, os microplásticos derivados de canudos, sacolas, rótulos e afins, podem afetar nossa dieta, através da contaminação de peixes e frutos do mar. Um estudo do projeto Lixo Fora D’Água mostrou que 70% dos resíduos no mar brasileiro são plásticos. Portanto, podemos ser bastante afetados nessa área.
Quando deixado em lugares inadequados, o lixo pode causar a proliferação de vetores para doenças. Pneumonia, hepatite, leptospirose e dengue são apenas algumas das que podem ser passadas para as pessoas através do contato com animais atraídos pelo lixo.
Reduz a extração de matéria-prima da natureza
Outro ponto a se considerar é que, quando a reciclagem não é feita, mais matéria-prima “virgem” precisa ser extraída da natureza.
Muitas dessas fontes, como petróleo e alguns minérios, não são renováveis, ou seja, podem se esgotar. Sem falar que a extração dessa matéria-prima causa grandes impactos ambientais, como desmatamentos e redução da biodiversidade.
Enfim, com essa extensa lista de danos, já é possível perceber a importância da reciclagem. Esse processo separa o lixo comum de materiais que levariam muito tempo para se decompor na natureza e lhes dá um destino adequado.
Como separar o lixo corretamente
Os resíduos sólidos podem ser divididos em quatro grandes grupos: orgânicos, recicláveis não perigosos, não recicláveis e não perigosos, e perigosos. Por isso, existem diversos tipos de reciclagem.
O lixo orgânico é todo tipo de resíduo de origem biológica. Restos de alimentos, cascas de legumes e frutas, folhas e vegetais, são bons exemplos desse tipo de resíduo.
O reciclável não perigoso é bastante conhecido, devido à coleta seletiva. Ele é composto, principalmente, por papel, papelão, plástico, alumínio e vidro.
Já o não reciclável e não perigoso é um material que não pode ser reciclado ou cujo processo de reciclagem é difícil, ou caro. Alguns exemplos são adesivos, etiquetas, fita crepe, espelhos, esponjas de aço, entre outros.
Por fim, o perigoso consiste em elementos que apresentam algum risco à saúde pública ou ao meio ambiente. Eles podem ser inflamáveis, corrosivos, radioativos etc. Restos de tinta, lixo hospitalar, produtos químicos e pilhas são alguns exemplos.
Essa periculosidade exige descarte especial. Medicamentos, por exemplo, têm uma lista acerca de suas classificações como resíduos.
Embalagens de medicamentos devem ser encaminhadas às farmácias, Unidades Básicas de Saúde e supermercados, onde serão incineradas. Caixinhas e bulas podem ser descartadas na lixeira de papel.
Com tantas informações, pode acabar surgindo uma dúvida: como fazer para separar todo esse lixo? Confira algumas dicas abaixo:
Separe o lixo orgânico
Como mencionado, o lixo orgânico é basicamente composto por restos de comida. Esse tipo de resíduo deve ser descartado em um recipiente próprio, já que não pode ser reciclado.
Alguns resíduos orgânicos podem ser usados na compostagem. Essa é uma ótima forma de obter adubo natural, sabia?
Atenção ao lixo eletrônico
Uma pesquisa da UNIDO constatou que a América Latina perde US$ 1,7 bilhão por ano com descarte inapropriado de lixo eletrônico. A pesquisa ainda mostra que apenas 3% do lixo eletrônico produzido em território latino-americano é descartado da maneira correta.
Aparelhos como computadores, celulares, eletrodomésticos, etc., não devem ser descartados em lugares incorretos. Eles podem contaminar o solo com elementos pesados, como chumbo e mercúrio.
Da mesma forma, pilhas e baterias também têm um descarte especial. Elas devem ser devolvidas aos fabricantes ou depositadas em coletores apropriados específicos.
Coleta seletiva
Com certeza você já viu aquelas lixeiras coloridas, certo? Cada cor representa um material reciclável, facilitando a separação e a coleta seletiva do lixo.
Mas, sabia que existem várias cores além das tradicionais azul, vermelho, amarelo e verde? Confira a seguir:
- Azul: papéis e papelões.
- Vermelho: plásticos.
- Amarelo: metais.
- Verde: vidro.
- Marrom: resíduos orgânicos.
- Preto: madeiras.
- Cinza: materiais não recicláveis.
- Branco: lixos hospitalares.
- Laranja: resíduos perigosos.
- Roxo: resíduos radioativos.
Materiais que podem ser reciclados
Todos os tipos de papéis são recicláveis, até mesmo as caixas de papelão e longa vida. Papéis com material orgânico, como caixas de pizza, filtros de cigarro, fitas adesivas, entre outros, não devem ser enviados para a reciclagem.
Plásticos também podem ser reaproveitados em sua totalidade. Portanto, jogue nas lixeiras vermelhas sacolinhas de supermercado, garrafas PET, tampinhas etc.
Vidros são, em sua maioria, recicláveis, desde que estejam limpos e secos. Há algumas exceções, como lâmpadas, cristais, espelhos, vidros de automóveis ou temperados, cerâmica e porcelana.
Da mesma forma, metais são materiais reaproveitáveis. Além de todos os tipos de latas de alumínio, também é possível reciclar tampinhas, pregos e parafusos. Clipes, grampos, canos e esponjas de aço não são recicláveis.
Apesar de ser menos comum, a reciclagem do isopor pode ser feita. Entretanto, o processo não é economicamente viável. Existem apenas algumas empresas que o transformam em matéria-prima para a produção de novos materiais.
Você pode separar todo o lixo e fazer a coleta seletiva de maneira fácil e prática em sua casa. Com as lixeiras ecológicas da Astra, disponíveis nos modelos de 16L e 25L, essa tarefa vai se tornar parte da rotina rapidamente. Elas permitem a colocação de dois sacos, possibilitando a separação do lixo.
Com três dessas lixeiras, já é possível separar todos os principais materiais. Para diferenciá-las, você pode colar adesivos identificando-as — uma de papel, uma de plástico, uma de metal etc. — ou, mesmo, comprar lixeiras de cores diferentes.
Como descartar o lixo reciclável
Primeiramente, é necessário armazenar bem os resíduos até que eles sejam descartados ou entregues à reciclagem. Para isso, sacos de lixo reciclados são o ideal. Dessa maneira, todo o lixo, inclusive o saco, será reciclável.
Esses sacos de lixo, por sua vez, podem ser colocados em tambores ou lixeiras maiores. Assim, você evita o mau cheiro e a proliferação de insetos.
Verifique o dia da coleta seletiva no seu bairro
Com relação ao descarte, várias cidades já contam com sistemas de coleta seletiva. Ainda segundo a pesquisa da Abrelpe, em 2019, aproximadamente 73,1% dos municípios brasileiros tinham iniciativas do tipo.
Assim como a coleta de lixo comum, a coleta seletiva tem um cronograma de atendimento para cada bairro. Então, é só se programar, separar o lixo e entregá-lo aos coletores. Caso a sua cidade ou região não seja atendida por um sistema desses, há outras possibilidades.
Outras soluções para cidades que não possuem coleta seletiva
Existem cooperativas de reciclagem espalhadas por todo o Brasil. Procure uma próxima à sua casa e leve seu lixo reciclável até lá. Ou, então, converse diretamente com os catadores que atuam no seu bairro.
A Pimp My Carroça, iniciativa que visa tirar os catadores de materiais recicláveis da invisibilidade social, criou um app para ajudar nisso, o Cataki. Com ele, você localiza os profissionais mais próximos e agenda uma data para a realização da coleta.
Há também a logística reversa. Nela, você pode devolver eletrodomésticos ao fabricante, através de pontos de coleta ou diretamente com a empresa, por exemplo.
Esses produtos são descartados da maneira correta ou, então, reaproveitados como matéria-prima. Várias redes de supermercados já aderiram a essa prática com o recolhimento de embalagens.
Além disso, muitas ONGs, como a Tampinha Legal, recebem latinhas, tampinhas, garrafas, etc. Fora o fato citado anteriormente de que você pode usar os resíduos como adubo para uma horta ou jardim, dando-lhes uma nova utilidade.
Diante de todas essas possibilidades, nossa missão, como partes de um ecossistema, é cuidar dele. Ao separar o lixo e descartá-lo adequadamente ou entregá-lo à coleta seletiva, estamos contribuindo para a preservação do meio ambiente. E a Mãe Natureza agradece!
Entendeu a importância da reciclagem, como separar o lixo em casa e quer comprar lixeiras para colocar tudo isso em prática? Visite nossa loja online e garanta os melhores produtos de utilidade doméstica!